Domingo, ó domingo
Por que trazes tanta amargura?
Não sentes pena de meu coração?
Sou somente eu e a solidão
Sentado na cadeira em um quarto
Com o tempo passando em vão.
Raiva sem fim.
Como um grande pesadelo,
O dia amanhece,
O dia anoitece,
E o que eu fiz mesmo?
Nada.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
sábado, 14 de julho de 2012
Chama-me Novamente
O quão tarde é agora? Quanto
tempo eu já perdi? Quanto tempo falta pra acabar? Era inevitável, eu sabia.
Desde que vi seus olhos podia ler neles o que ia acontecer. E sim, eu estava
certo. - Como assim? – Me pergunto. Tento me entender, mas o que sinto não tem
mais explicação, não tem como compreender. É um vácuo, um vão. Uma tremenda
contradição. Como se eu sentisse um calor gélido que me atinge pela brasa
ardente e gelada. Sentir não é mais o foco, é como se fosse uma sensação
racional, ainda que sem explicação. Em cima disso tudo surgem dúvidas e a ideia
de que talvez alguma coisa esteja errada (quando na verdade está mesmo). Talvez
sim, talvez não. Dúvida ao acaso, dúvida ao certo e incerto, dúvida. Não quero
me apaixonar, nem sinto que estou, mas me apeguei de tal maneira que já nem sei
o que vêm amanhã. Apenas sei que isso não pode acontecer pelo simples motivo de
que você não é a pessoa certa pra eu me apaixonar, e eu também não sou a pessoa
certa pra te amar. É assim, simples assim, que o amor tenta se contradizer. Mas
não vou deixar, não vou mesmo. Agora sinto frio, um tanto quanto solitário, sem
café, sem doces, sem amor (mesmo sabendo que este me espera na porta,
dependendo apenas de minha permissão pra entrar). Olho para o relógio e vejo
que está tarde. Volto ao inicio do texto. Releio-o e não consigo interpreta-lo.
Não consigo entender a mim mesmo. Não entendo mais nada.
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